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Justificativa

O Brasil, com sua vasta população e potencial econômico, está caminhando para se tornar uma das maiores economias globais. No entanto, é fundamental reconhecer e abordar as profundas disparidades socioeconômicas que ainda persistem no país. Indicadores alarmantes, como baixa qualidade de vida, expectativa de vida reduzida, altas taxas de mortalidade infantil e feminina, além do desemprego e baixa educação, destacam a urgência de intervenções eficazes.Acrescente-se que as políticas de ações afirmativas emergem como ferramentas vitais para mitigar essas disparidades, especialmente entre os jovens de áreas periféricas.

Ao proporcionar oportunidades educacionais acessíveis e viáveis, tais políticas não apenas permitem que os jovens sonhem com um futuro melhor, mas também promovem uma mudança de cultura em suas famílias e comunidades locais.No que diz respeito à igualdade de gênero, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios. Classificado em 94º lugar entre 146 nações no índice global de igualdade de gênero, o país está entre os piores desempenhos da América Latina e do Caribe. Essa disparidade é particularmente evidente no campo das ciências e tecnologia, onde a participação feminina é historicamente baixa.A proposta em questão busca abordar essa lacuna, concentrando-se na crescente participação das mulheres em cursos tecnológicos no Brasil.

Identificar os fatores que influenciam a evasão dessas alunas, como questões culturais, assédio e falta de apoio, é crucial para desenvolver estratégias eficazes de retenção. A falta de suporte adequado nas áreas STEAM emerge como um dos principais obstáculos para a continuidade dos estudos, especialmente para aquelas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Com quase três décadas de experiência como engenheira, testemunhei e vivi as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na engenharia. Em nossa instituição, a UFPR, embora tenhamos uma representação significativa de mulheres nos cursos de engenharia, a taxa de desistência ainda é alarmante. Aproximadamente 38% das alunas acabam desistindo ou não conseguindo concluir o curso.

Portanto, é essencial mobilizar recursos e apoio para desenvolver programas e iniciativas que promovam a inclusão e o suporte contínuo aos jovens na engenharia. Investir nesses esforços não apenas fortalecerá a representação feminina nas áreas de STEAM, mas também contribuirá para a construção de uma sociedade mais equitativa e justa. Enfim, reconhecemos a importância da capacitação de educadores para fomentar a igualdade de direitos e significados nas relações de gênero no ambiente escolar.

Alinhamos as 19 metas estabelecidas pela ONU em 2015, enquadrada no Objetivo 5 – Igualdade de Gênero / alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas (http://www.agenda2030.org.br/ods/5/) nos seus itens:

5.5 – Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública e

5.c – identificando e fortalecendo políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em todos os níveis. Serão identificadas as políticas públicas disponíveis no Paraná, sejam de iniciativa federal, estadual ou municipal, que buscam fortalecer a autonomia econômica das mulheres. 

Universidade Federal do Paraná
Redame – UFPR

Av. Prefeito Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico, Curitiba - PR,
80210-170 | Curitiba |
mcf@ufpr.br


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